Como está a sua gestão de fornecedores? Aliás, no que consiste a sua gestão de fornecedores? Essa pergunta é chave quando consideramos discutir os riscos ocultos que eles podem significar para o nosso negócio, impactando não só a área de suprimentos, mas a empresa como um todo.
Vamos considerar o processo de homologação de fornecedores. Aquele que dá o aval para a área de suprimentos realizar negócios com um determinado fornecedor. Muitas empresas ainda realizam o processo de homologação apenas uma vez, no momento de cadastramento do fornecedor em seu sistema. Tiramos um retrato da situação daquele fornecedor e engavetamos. Cumprimos o estabelecido pelas regras da empresa, e está ok. Ou não?
Saiba o grau de maturidade do seu processo de homologação de fornecedores
A realidade de uma empresa não tem a natureza estática. As estratégias mudam, os desafios e problemas, a realidade financeira também. Um lançamento pode dar certo, outro pode dar errado. Quando olhamos a nossa própria empresa, é óbvio o quanto as coisas são dinâmicas. Então, por que ainda tratamos a homologação de fornecedores como algo estático?
Num cenário econômico mais estável, esta prática até poderia representar riscos mais baixos. No entanto, este não é o contexto em que vivemos. As mudanças de cenários são cada vez mais rápidas, e de amplitude global. Temos um quadro inflacionário e várias cadeias de suprimentos sofrendo com disrupções, gargalos de produção e de logística.
Seu fornecedor, que estava com uma saúde financeira validada quando você realizou a homologação, pode não estar com o mesmo quadro neste momento. Pode estar com problemas logísticos, gargalos de produção, problemas com fornecedores, margens achatadas por conta de um mercado inflacionário.
Tais situações podem representar atrasos de entrega, ou até mesmo interrupções de fornecimento que podem impactar a operação da sua empresa. Pode indicar que este fornecedor está próximo a realizar algum tipo de pleito, de reajuste de preços. Pode ter trocado emergencialmente para fornecedores mais baratos, ou mais disponíveis, o que pode representar um impacto na qualidade do produto/serviço ofertado.
“Acompanhar de forma mais contínua o estado dos fornecedores, portanto, torna-se um imperativo num cenário global tão incerto e fluido como o que estamos vivendo no momento.”
Debora Yuan – Co Founder Cadarn Consultoria
Dentro desta mesma questão, então, por quais fornecedores começar? Quem priorizar? Passamos décadas escutando que sempre devemos priorizar aqueles fornecedores considerados estratégicos, leia-se, aqueles que tem maior representatividade no spend.
E aí encontramos mais um risco oculto no status quo das nossas práticas de mercado.
Os fornecedores de maior representatividade no spend de uma empresa em geral são empresas de maior porte e, portanto, mais consolidadas e com maior recurso para amortecer os impactos das crises de mercado. Não é que eles não sejam importantes, mas, nesse momento, é preciso voltar nossa atenção àqueles fornecedores de médio e pequeno porte, cuja atividade ainda assim pode impactar de forma significativa a operação da empresa.
Estes tendem a ser empresas de atuação local, com faturamento e recursos bem mais modestos quando comparados aos gigantes de mercado com vastas equipes internacionais com os melhores profissionais de mercado, grandes carteiras de clientes e diversos sistemas e tecnologias à sua disposição.
Estes pequenos fornecedores, portanto, estão mais suscetíveis aos impactos negativos de uma cadeia de suprimentos conturbada e de um cenário econômico inflacionário. E são aqueles que vão garantir a entrega da alimentação na sua operação, ou o transporte, ou mesmo serviços de manutenção, caldeiraria e peças, por exemplo.
Para uma boa gestão de fornecedores, portanto, precisamos estar mais atentos, não apenas à sua homologação, mas ao seu processo de revalidação, e de forma mais frequente.
Veja as 6 etapas para implementar um programa de Gestão de Fornecedores de sucesso!
E sim, isso, irá aumentar de forma considerável o volume de avaliações sendo conduzidas na empresa. Portanto, contar com uma ferramenta tecnológica de SRM como a da Gedanken G-Certifica viabiliza esta mudança de paradigma de uma checagem única para checagens múltiplas e frequentes, uma vez que automatiza a captura e a estruturação de dados essenciais para essa validação.
E o apoio consultivo da CADARN auxilia a equipe de suprimentos a monitorar quais categorias de compras podem apresentar maior risco, e a estruturar como elas devem ser monitoradas, a fim de ampliar e otimizar os resultados de sua gestão de fornecedores, eliminando, assim, os riscos ocultos em seu processo atual de homologação e revalidação de fornecedores.